"Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.”(Is. 53; 2-3)
O profeta Isaías nos apresenta no capítulo 53 de seu livro a profecia da vida, perseguição e morte de Jesus. Vemos neste trecho um relato de Jesus, o Cristo. Um relato do verdadeiro Evangelho, o Evangelho da cruz.
Sendo racionais e frios não encontramos na mensagem do Evangelho beleza alguma que nos atraia. Não existem nEle mensagens atrativas que estimulem o homem a vivê-Lo.
Ao lermos os quatro evangelhos nos deparamos, na verdade, com uma mensagem desestimulante do ponto de vista humano. Vemos um chamado para largarmos tudo o que temos – inclusive nossa própria família – para seguir esta mensagem. Somos surpreendidos com ensinamentos que nos exortam a dar a outra face quando ultrajados e a amar os nossos inimigos chegando ao ponto de dar nossas vidas por eles se preciso for.
Vemos a vida de um homem sem beleza alguma. Um messias que surgiu num cidade pobre, sem pompa alguma e que não teve ao menos um berço. Um rei sem um trono, sem coroa e que andava de sandálias pelo chão de terra, vestido com as mais humildes roupas. Um senhor que liderava pelo amor e que baseou sua liderança no ato de servir a seus servos. E além desta vida de ‘sofrimento’ esse messias, esse rei, esse senhor chegou ao ponto de morrer da pior forma possível. E ainda disse que deveríamos seguir seus exemplos.
Não há beleza nisso.
Não há beleza em me negar e carregar a minha cruz.
Porém, esta é a mensagem dos evangelhos. Esta é a mensagem do Evangelho.
Entretanto, quando olho para a realidade evangélica brasileira não é esta mensagem que vejo. Muito pelo contrário. Vejo uma mensagem bem atrativa, pois garante ao homem uma vida feliz, próspera e muito bem realizada em tudo o que ele desejar. E o melhor é que ninguém precisa abrir mão de nada para alcançar tais benefícios!
Que evangelho belo!
Não nos enganemos. Ao lermos os evangelhos não vemos em lugar algum Jesus garantindo uma vida feliz a alguém, muito menos prosperidade. Não foi para isto que Ele veio. A mensagem do Evangelho é muito mais profunda do que isto.
Esta mensagem, que não tem beleza alguma aos olhos humanos, quando olhada com os olhos espirituais é belíssima. Quando deixamos nosso coração falar mais alto conseguimos captar a profundidade do amor de Deus por aqueles a quem escolheu.
O Verbo se fez carne e viveu entre nós para sofrer e morrer em nosso lugar. Desta forma, temos vida e vida em abundância. Esta é a pura, singela e maravilhosa mensagem do Evangelho. Não há beleza alguma na imagem de um rei sofredor. Não há beleza alguma em um messias morto. Porém, isso é belo ao percebermos que foi pelas nossas vidas. O Evangelho não te garante uma vida feliz, pelo contrário, ele te chama a sofrer como Jesus. Ele não te garante prosperidade, mas sim uma vida de lutas e abnegação. O que temos que ter sempre em nossas mentes e corações é que a beleza do Evangelho reside justamente aí, no sacrifício do nosso Mestre.
Nossa recompensa em vivermos a totalidade da mensagem do Evangelho é muito maior do que quaisquer coisas que possamos alcançar em nossa vida no mundo. Herdamos a coroa da vida, ao lado do nosso Pai maravilhoso.
Esta é a beleza do Evangelho sem beleza.
Sob a cruz de Cristo ...
sexta-feira, 13 de julho de 2007
quinta-feira, 5 de julho de 2007
A fé no Deus acuado
“SENHOR DEUS, O BRASIL É SEU, TOME POSSE”.
Esta é a mensagem de um outdoor no início da ponte rio-niterói. Minha primeira reação diante desta mensagem foi buscar alguma assinatura e não foi difícil perceber que não havia nenhuma, visto não ter sobrado espaço por causa das letras colossais e coloridas com o intuito de chamar a atenção. Em seguida parei pra refletir sobre esta frase enquanto olhava a paisagem da baía de Guanabara no meu percurso até a universidade. Foi estranho, porque visualizei em minha mente a cena. Imaginei pessoas dando esta notícia a Deus, como se Ele precisasse ser lembrado de que o Brasil é dEle. Afinal, Ele tem tanta coisa pra pensar que pode ter esquecido, temos que relembrá-Lo, além de exigir que Ele tome posse. Me entristeci.
Mas o motivo da minha tristeza não foi somente o outdoor e, como conseqüência, minha imaginação fértil visualizando tal cena. Minha tristeza é em virtude disto ser apenas um pequeno reflexo do que o povo tem vivido hoje. Este outdoor é um exemplo no padrão das orações que “decretam” isso, “decretam” aquilo. Este outdoor é apenas mais uma manifestação no estilo das músicas que exigem a bênção, “declaram” vitória.
Este outdoor, estas orações e estas músicas são baseadas em uma fé num Deus acuado, num Deus indefeso. Como é possível a alguém decretar algo em uma oração?
Mais uma vez visualizo uma cena, Deus contra a parede frente a vários dedos em haste que exigem que Ele faça suas vontades.
Ao longo de toda a Bíblia não há um relato sequer de uma oração com esta entonação. Não vejo nada na Bíblia que me dê o direito de “declarar” ou “decretar” algo. Por que esta deturpação da Palavra do Senhor? Onde está o temor do povo para com Aquele que é o fogo consumidor? Não existe mais.
Já ouvi explicações de que tais orações são declarações de fé. É por meio da fé de que Deus pode fazer o impossível que eu posso decretar algo e os céus se moverão ao meu favor. Que absurdo! Que fé egoísta! Tudo gira em torno de mim mesmo, dos meus pedidos, dos meus anseios, das minhas vontades, dos meus sonhos, e para alcançá-los vale tudo, até mesmo decretar bênçãos, prosperidade e uma infinitude de coisas provindas de mentes que precisam ser renovadas. Isto é o mundanismo sutilmente entrando e dominando nossas igrejas.
Através destas orações deixamos de lado nossa posição de servos e assumimos o posto de senhores. Deixamos de ser mordomos pra sermos servidos, e não apenas servidos, servidos pelo Senhor dos Exércitos! Que prepotência! Quanta arrogância!
Será que estas pessoas orariam desta forma se Deus continuasse agindo como no Antigo Testamento ou como no caso de Ananias e Safira? Não! Pois a imagem que se tem hoje é a de um Deus impassível, apático e muito permissivo. Este pensamento a respeito de Deus é mundano e deteriorante à fé genuína. Temos que ter em mente que o Deus do Antigo Testamento é o mesmo de hoje, Ele é imutável. Temos que nos achegar diante dEle com o mesmo temor e tremor de Moisés no episódio da sarça ardente.
Ele é o Senhor e nós somos seus servos, seus súditos, seus escravos, porém que escravos prepotentes e autoritários existem hoje em dia.
O único capaz de declarar com autoridade é o Senhor dos senhores. Ele é o único que emite decretos, que ordena. Ele é o detentor de todo poder e autoridade nos céus e na terra. Nossa fé deve ser baseada unicamente na certeza de que o que merecemos é a morte, mas hoje temos vida e vida em abundância, por meio de sua preciosa graça.
Nossas orações devem ser gratas por isso e devem ter reverência acima de tudo, devem ser voltadas para a glória de Deus e não para nossos próprios umbigos.
Que o Senhor Todo-Poderoso tenha misericórdia do Seu povo e nos exorte diariamente para não pecarmos contra Ele.
Sob a cruz de Cristo ...
Esta é a mensagem de um outdoor no início da ponte rio-niterói. Minha primeira reação diante desta mensagem foi buscar alguma assinatura e não foi difícil perceber que não havia nenhuma, visto não ter sobrado espaço por causa das letras colossais e coloridas com o intuito de chamar a atenção. Em seguida parei pra refletir sobre esta frase enquanto olhava a paisagem da baía de Guanabara no meu percurso até a universidade. Foi estranho, porque visualizei em minha mente a cena. Imaginei pessoas dando esta notícia a Deus, como se Ele precisasse ser lembrado de que o Brasil é dEle. Afinal, Ele tem tanta coisa pra pensar que pode ter esquecido, temos que relembrá-Lo, além de exigir que Ele tome posse. Me entristeci.
Mas o motivo da minha tristeza não foi somente o outdoor e, como conseqüência, minha imaginação fértil visualizando tal cena. Minha tristeza é em virtude disto ser apenas um pequeno reflexo do que o povo tem vivido hoje. Este outdoor é um exemplo no padrão das orações que “decretam” isso, “decretam” aquilo. Este outdoor é apenas mais uma manifestação no estilo das músicas que exigem a bênção, “declaram” vitória.
Este outdoor, estas orações e estas músicas são baseadas em uma fé num Deus acuado, num Deus indefeso. Como é possível a alguém decretar algo em uma oração?
Mais uma vez visualizo uma cena, Deus contra a parede frente a vários dedos em haste que exigem que Ele faça suas vontades.
Ao longo de toda a Bíblia não há um relato sequer de uma oração com esta entonação. Não vejo nada na Bíblia que me dê o direito de “declarar” ou “decretar” algo. Por que esta deturpação da Palavra do Senhor? Onde está o temor do povo para com Aquele que é o fogo consumidor? Não existe mais.
Já ouvi explicações de que tais orações são declarações de fé. É por meio da fé de que Deus pode fazer o impossível que eu posso decretar algo e os céus se moverão ao meu favor. Que absurdo! Que fé egoísta! Tudo gira em torno de mim mesmo, dos meus pedidos, dos meus anseios, das minhas vontades, dos meus sonhos, e para alcançá-los vale tudo, até mesmo decretar bênçãos, prosperidade e uma infinitude de coisas provindas de mentes que precisam ser renovadas. Isto é o mundanismo sutilmente entrando e dominando nossas igrejas.
Através destas orações deixamos de lado nossa posição de servos e assumimos o posto de senhores. Deixamos de ser mordomos pra sermos servidos, e não apenas servidos, servidos pelo Senhor dos Exércitos! Que prepotência! Quanta arrogância!
Será que estas pessoas orariam desta forma se Deus continuasse agindo como no Antigo Testamento ou como no caso de Ananias e Safira? Não! Pois a imagem que se tem hoje é a de um Deus impassível, apático e muito permissivo. Este pensamento a respeito de Deus é mundano e deteriorante à fé genuína. Temos que ter em mente que o Deus do Antigo Testamento é o mesmo de hoje, Ele é imutável. Temos que nos achegar diante dEle com o mesmo temor e tremor de Moisés no episódio da sarça ardente.
Ele é o Senhor e nós somos seus servos, seus súditos, seus escravos, porém que escravos prepotentes e autoritários existem hoje em dia.
O único capaz de declarar com autoridade é o Senhor dos senhores. Ele é o único que emite decretos, que ordena. Ele é o detentor de todo poder e autoridade nos céus e na terra. Nossa fé deve ser baseada unicamente na certeza de que o que merecemos é a morte, mas hoje temos vida e vida em abundância, por meio de sua preciosa graça.
Nossas orações devem ser gratas por isso e devem ter reverência acima de tudo, devem ser voltadas para a glória de Deus e não para nossos próprios umbigos.
Que o Senhor Todo-Poderoso tenha misericórdia do Seu povo e nos exorte diariamente para não pecarmos contra Ele.
Sob a cruz de Cristo ...
terça-feira, 3 de julho de 2007
Combatendo a graça barata ... [Parte 3]
Nós, cristãos, falamos muito em nossas orações, em nossas músicas, em nossos púlpitos, sobre a cruz vazia. Olhamos para a cruz e nos alegramos por constatar que não há mais ali o corpo do nosso Senhor. Sim! Que maravilha é enxergar a cruz vazia!
Mas muitas vezes esquecemos que esta cruz vazia, que é a base da nossa fé, também está manchada de sangue.
Nossas igrejas e o nosso povo têm que compreender a profundidade deste fato. A cruz está vazia, porém, está manchada pelo sangue vicário de Jesus.
O sangue de Cristo foi derramado até a última gota para que a criação voltasse a se relacionar com seu Criador. Jesus se fez maldito para que em nós não houvesse mais maldição (Gl 3:13).
É incrível – e terrivelmente entristecedor – como as pessoas não dão o valor que é devido a estas verdades. De uma forma leviana, irresponsável e imprudente toda a paixão de Cristo está sendo deixada de lado em prol de vidas conduzidas por suas próprias vontades e desejos.
A cruz foi abandonada. Não se enxerga mais o valor do sacrifício de Jesus por nós. A única coisa que se vê são pessoas buscando solução para seus problemas e encontrando na graça de Deus um refúgio para suas vidas de pecado.
Porém, não é essa graça que vemos na Bíblia. Deus nos apresenta uma verdade bem diferente desta que é vivida atualmente. A graça é resultado do amor de Deus pelos Seus filhos, é derramada somente àqueles que Ele quer, conforme a Sua vontade e de forma totalmente imerecida por parte dos que a recebem. É um favor do nosso Pai, como demonstração do Seu imenso amor. E qual a atitude das pessoas frente a isso? Banalizam. Barateiam. Desvalorizam. Reduzem um presente tão maravilhoso a algo insignificante.
Como é possível ser barato aos nossos olhos o que custou caro para Deus?!
A verdadeira graça de Deus deve ser olhada com outros olhos por parte dos agraciados. Devemos enxergá-la como a mais preciosa bênção que Deus pode nos dar, pois é através dela que fomos tirados da escuridão e trazidos para a Luz. É através da graça que temos vida e somos sarados de nossas iniqüidades, mas isso nunca deve ser visto como argumento para vivermos uma vida de pecados e transgressões.
A graça preciosa nos remete à cruz. É pela graça preciosa que somos chamados a uma vida de discipulado. É a graça preciosa que nos impele a vendermos tudo o que temos (e até nós mesmos) para adquirir a pérola de maior valor. Quem é verdadeiramente alcançado por esta graça deve mudar de vida, deixar de lado todas suas antigas vontades e viver somente olhando para a cruz.
A graça é preciosa porque é a demonstração do amor de Deus. É preciosa porque custou o sacrifício de Jesus. A graça é preciosa porque chama ao discipulado, senão não é graça.
Graça resulta em abnegação. Graça resulta em corações quebrantados. Graça resulta em contrição de pecados. Graça resulta em cruz. Graça resulta em discipulado.
A vida do cristão deve ser baseada no preceito de que o sacrifício de Jesus foi consumado para que nós mudássemos de vida, para que em nós não existisse mais o “nós” e sim o “Ele”. A vida do cristão deve ser regida pela cruz. Devemos, assim como os apóstolos quando escolhidos por Jesus, abandonar tudo para segui-Lo. Abandonar nossos prazeres, anseios, sonhos e vontades para que Deus nos conduza e reja nossas vidas.
"E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo." (Lc 14 : 27)
Esta é a verdadeira mensagem do discipulado cristão. Esta é a mensagem da graça. Temos que dar o real valor a esta mensagem, a este precioso presente por parte do nosso bondoso Senhor e Salvador. Temos uma aliança com Ele selada pelo Seu valioso sangue e não temos o direito de usar isso para satisfazer os nossos devaneios mundanos.
A preciosa graça é dádiva e devemos usufruí-la com a responsabilidade e a sensatez que é devida.
Este é o discipulado da cruz!
Sob a cruz de Cristo ...
Mas muitas vezes esquecemos que esta cruz vazia, que é a base da nossa fé, também está manchada de sangue.
Nossas igrejas e o nosso povo têm que compreender a profundidade deste fato. A cruz está vazia, porém, está manchada pelo sangue vicário de Jesus.
O sangue de Cristo foi derramado até a última gota para que a criação voltasse a se relacionar com seu Criador. Jesus se fez maldito para que em nós não houvesse mais maldição (Gl 3:13).
É incrível – e terrivelmente entristecedor – como as pessoas não dão o valor que é devido a estas verdades. De uma forma leviana, irresponsável e imprudente toda a paixão de Cristo está sendo deixada de lado em prol de vidas conduzidas por suas próprias vontades e desejos.
A cruz foi abandonada. Não se enxerga mais o valor do sacrifício de Jesus por nós. A única coisa que se vê são pessoas buscando solução para seus problemas e encontrando na graça de Deus um refúgio para suas vidas de pecado.
Porém, não é essa graça que vemos na Bíblia. Deus nos apresenta uma verdade bem diferente desta que é vivida atualmente. A graça é resultado do amor de Deus pelos Seus filhos, é derramada somente àqueles que Ele quer, conforme a Sua vontade e de forma totalmente imerecida por parte dos que a recebem. É um favor do nosso Pai, como demonstração do Seu imenso amor. E qual a atitude das pessoas frente a isso? Banalizam. Barateiam. Desvalorizam. Reduzem um presente tão maravilhoso a algo insignificante.
Como é possível ser barato aos nossos olhos o que custou caro para Deus?!
A verdadeira graça de Deus deve ser olhada com outros olhos por parte dos agraciados. Devemos enxergá-la como a mais preciosa bênção que Deus pode nos dar, pois é através dela que fomos tirados da escuridão e trazidos para a Luz. É através da graça que temos vida e somos sarados de nossas iniqüidades, mas isso nunca deve ser visto como argumento para vivermos uma vida de pecados e transgressões.
A graça preciosa nos remete à cruz. É pela graça preciosa que somos chamados a uma vida de discipulado. É a graça preciosa que nos impele a vendermos tudo o que temos (e até nós mesmos) para adquirir a pérola de maior valor. Quem é verdadeiramente alcançado por esta graça deve mudar de vida, deixar de lado todas suas antigas vontades e viver somente olhando para a cruz.
A graça é preciosa porque é a demonstração do amor de Deus. É preciosa porque custou o sacrifício de Jesus. A graça é preciosa porque chama ao discipulado, senão não é graça.
Graça resulta em abnegação. Graça resulta em corações quebrantados. Graça resulta em contrição de pecados. Graça resulta em cruz. Graça resulta em discipulado.
A vida do cristão deve ser baseada no preceito de que o sacrifício de Jesus foi consumado para que nós mudássemos de vida, para que em nós não existisse mais o “nós” e sim o “Ele”. A vida do cristão deve ser regida pela cruz. Devemos, assim como os apóstolos quando escolhidos por Jesus, abandonar tudo para segui-Lo. Abandonar nossos prazeres, anseios, sonhos e vontades para que Deus nos conduza e reja nossas vidas.
"E qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim, não pode ser meu discípulo." (Lc 14 : 27)
Esta é a verdadeira mensagem do discipulado cristão. Esta é a mensagem da graça. Temos que dar o real valor a esta mensagem, a este precioso presente por parte do nosso bondoso Senhor e Salvador. Temos uma aliança com Ele selada pelo Seu valioso sangue e não temos o direito de usar isso para satisfazer os nossos devaneios mundanos.
A preciosa graça é dádiva e devemos usufruí-la com a responsabilidade e a sensatez que é devida.
Este é o discipulado da cruz!
Sob a cruz de Cristo ...
segunda-feira, 2 de julho de 2007
Para pensarmos .. e vivermos!
"Quem tem consciência não precisa nem mesmo pensar na lei, pois, a consciência no amor, coloca a pessoa naturalmente no caminho mais excelente do que a lei pode almejar que seja alcançado por qualquer ser humano. Mas saiba-se: este milagre só inicia seu processo como obra do Espírito Santo, quando nos deixa cônscios da Graça de Deus!"
(Caio Fábio)
(Caio Fábio)
domingo, 1 de julho de 2007
Combatendo a graça barata ... [Parte 2]
"O vencedor da história da Reforma não é o reconhecimento de Lutero a respeito da graça pura e preciosa, mas sim o apurado instinto religioso do ser humano para descobrir onde é que a graça pode ser conseguida mais barata."
Começo mais uma vez com este trecho do livro “Discipulado” do mártir alemão Dietrich Bonhoeffer, para ressaltar a relevância de tal discussão.
Vivemos um tempo em que novas igrejas brotam a cada esquina, um tempo em que as estatísticas revelam um crescimento do número de “adeptos da fé evangélica” (me recuso a dizer convertidos e o motivo disto será detalhado na seqüência de meus textos), um tempo onde o grande barato é ser gospel, ir aos mega-shows, marchas, caminhadas, vestir camisas de seu ídolo e – porque não? – pedir autógrafos destes.
Vivemos o tempo da graça barata. A graça sem discipulado. A graça sem cruz.
A preciosa graça de Jesus, revelada em Sua cruz e manifestada por nós em nossa caminhada de discipulado foi totalmente barateada, banalizada. Afinal, essa graça não enche igreja.
O crente de nossas igrejas vive sob uma deturpada verdade de que a graça já o resgatou de todos os seus pecados. Uma vez que a graça já foi derramada sobre todos os eleitos, pode-se viver uma vida de pecado, pois o perdão já está garantido. Que vida maldita se está levando desta forma! É o mesmo que afirmar com todas as letras: “Jesus já morreu por mim, por isso posso fazer o que quiser, pois Ele me perdoa depois.”
Esse é um dos motivos de nossas igrejas estarem crescendo tanto ultimamente e de novas denominações surgirem a todo momento (sem falar nas promessas de vida fácil, próspera etc., mas isso é assunto para outros textos). As pessoas estão encontrando um consolo para suas vidas desraigadas nos domingos a noite. A graça se tornou um instrumento de conforto, um refúgio dos fins-de-semana. Virou moda dizer que é evangélico, mas essas pessoas estão vivendo sob doutrinas levianas, ensimesmadas, centralizadas em seu próprio bem-estar emocional. Faz-se tudo que bem entende e pede-se perdão no culto da noite. Isto está errado!
Na graça barata o que é justificado é o pecado e não o pecador. O crente aprende a amar somente a graça (barata) e não o discipulado. Neste tipo de graça não há um princípio básico da fé cristã: a mudança de vida através do arrependimento. Neste tipo de graça não há confissão de pecados. Ou que arrependimento é este que não gera mudança de atitude? Que confissão de pecados é esta que não faz com que o pecador almeje nunca mais precisar repeti-la?
A graça barata não nos remete ao alto preço que foi pago por nós pelo nosso Senhor. Ela é vazia de significado, pois ao invés de ser o resultado da vida cristã se torna a premissa da vida mundana. O que não estamos enxergando é que esta graça não é provinda de Deus, porém, como brilhantemente Bonhoeffer coloca, “a graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios”.
A graça barata é assim. É evangelho sem cruz. É vida com Deus sem discipulado. Paradoxal? Bastante! Porém, infelizmente, é o que está acontecendo em nossas igrejas.
Como tem sido nossas orações de “arrependimento”? Nossos pedidos de perdão são sempre os mesmos? Há vários vieses que permeiam as respostas a estas perguntas, porém, é de suma importância refletirmos sobre tais questões para não cairmos no gravíssimo erro de baratearmos a graça redentora do nosso Senhor e Salvador.
Sob a Cruz de Cristo ...
Começo mais uma vez com este trecho do livro “Discipulado” do mártir alemão Dietrich Bonhoeffer, para ressaltar a relevância de tal discussão.
Vivemos um tempo em que novas igrejas brotam a cada esquina, um tempo em que as estatísticas revelam um crescimento do número de “adeptos da fé evangélica” (me recuso a dizer convertidos e o motivo disto será detalhado na seqüência de meus textos), um tempo onde o grande barato é ser gospel, ir aos mega-shows, marchas, caminhadas, vestir camisas de seu ídolo e – porque não? – pedir autógrafos destes.
Vivemos o tempo da graça barata. A graça sem discipulado. A graça sem cruz.
A preciosa graça de Jesus, revelada em Sua cruz e manifestada por nós em nossa caminhada de discipulado foi totalmente barateada, banalizada. Afinal, essa graça não enche igreja.
O crente de nossas igrejas vive sob uma deturpada verdade de que a graça já o resgatou de todos os seus pecados. Uma vez que a graça já foi derramada sobre todos os eleitos, pode-se viver uma vida de pecado, pois o perdão já está garantido. Que vida maldita se está levando desta forma! É o mesmo que afirmar com todas as letras: “Jesus já morreu por mim, por isso posso fazer o que quiser, pois Ele me perdoa depois.”
Esse é um dos motivos de nossas igrejas estarem crescendo tanto ultimamente e de novas denominações surgirem a todo momento (sem falar nas promessas de vida fácil, próspera etc., mas isso é assunto para outros textos). As pessoas estão encontrando um consolo para suas vidas desraigadas nos domingos a noite. A graça se tornou um instrumento de conforto, um refúgio dos fins-de-semana. Virou moda dizer que é evangélico, mas essas pessoas estão vivendo sob doutrinas levianas, ensimesmadas, centralizadas em seu próprio bem-estar emocional. Faz-se tudo que bem entende e pede-se perdão no culto da noite. Isto está errado!
Na graça barata o que é justificado é o pecado e não o pecador. O crente aprende a amar somente a graça (barata) e não o discipulado. Neste tipo de graça não há um princípio básico da fé cristã: a mudança de vida através do arrependimento. Neste tipo de graça não há confissão de pecados. Ou que arrependimento é este que não gera mudança de atitude? Que confissão de pecados é esta que não faz com que o pecador almeje nunca mais precisar repeti-la?
A graça barata não nos remete ao alto preço que foi pago por nós pelo nosso Senhor. Ela é vazia de significado, pois ao invés de ser o resultado da vida cristã se torna a premissa da vida mundana. O que não estamos enxergando é que esta graça não é provinda de Deus, porém, como brilhantemente Bonhoeffer coloca, “a graça barata é a graça que nós dispensamos a nós próprios”.
A graça barata é assim. É evangelho sem cruz. É vida com Deus sem discipulado. Paradoxal? Bastante! Porém, infelizmente, é o que está acontecendo em nossas igrejas.
Como tem sido nossas orações de “arrependimento”? Nossos pedidos de perdão são sempre os mesmos? Há vários vieses que permeiam as respostas a estas perguntas, porém, é de suma importância refletirmos sobre tais questões para não cairmos no gravíssimo erro de baratearmos a graça redentora do nosso Senhor e Salvador.
Sob a Cruz de Cristo ...
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Combatendo a graça barata ...
"O vencedor da história da Reforma não é o reconhecimento de Lutero a respeito da graça pura e preciosa, mas sim o apurado instinto religioso do ser humano para descobrir onde é que a graça pode ser conseguida mais barata."
A partir desta verdadeira - e por isso, dolorosa - afirmação de Dietrich Bonhoeffer me senti impelido a combater essa graça que é pregada no nosso tempo gospel.
Atualmente a graça de Cristo é vendida nos nossos templos como justificadora do pecado, ao invés do pecador. Hoje, a graça se tornou premissa para os crentes viverem suas vidas da maneira como quiserem, afinal, Jesus já morreu por eles e o perdão já foi liberado pelos pecadores.
Chega de baratearmos a graça de Cristo! Chega de banalizarmos o sacrifício de Jesus!
É com o intuito de combater esse discipulado vazio que assola nossas igrejas que criei este blog. Este espaço está totalmente aberto a sugestões, críticas e desabafos, sempre visando o engradecimento do sacrifício de Jesus, o Cristo.
Conto com o apoio dos amigos e de todos aqueles que, como eu, não aguentam mais ver o que estão fazendo com o sacrifício do nosso Jesus.
Sob a Cruz de Cristo ...
A partir desta verdadeira - e por isso, dolorosa - afirmação de Dietrich Bonhoeffer me senti impelido a combater essa graça que é pregada no nosso tempo gospel.
Atualmente a graça de Cristo é vendida nos nossos templos como justificadora do pecado, ao invés do pecador. Hoje, a graça se tornou premissa para os crentes viverem suas vidas da maneira como quiserem, afinal, Jesus já morreu por eles e o perdão já foi liberado pelos pecadores.
Chega de baratearmos a graça de Cristo! Chega de banalizarmos o sacrifício de Jesus!
É com o intuito de combater esse discipulado vazio que assola nossas igrejas que criei este blog. Este espaço está totalmente aberto a sugestões, críticas e desabafos, sempre visando o engradecimento do sacrifício de Jesus, o Cristo.
Conto com o apoio dos amigos e de todos aqueles que, como eu, não aguentam mais ver o que estão fazendo com o sacrifício do nosso Jesus.
Sob a Cruz de Cristo ...
Assinar:
Postagens (Atom)